As três principais causas de sintomas dispépticos em que se usam os fármacos de supressão ácida, são:
Os Inibidores da Bomba de Protões (IBP) são usados como terapêutica crónica:
Para as restantes situações dispépticas, 4 a 8 semanas após a iniciação do IBP, deve ser feita uma avaliação do doente, com vista à possibilidade de redução gradual do uso de IBP até ao abandono.
Na DRGE sem esofagite, os IBP devem ser usados como primeira linha. Se os doentes não apresentarem sintomas após 4 semanas, deve tentar-se uma redução gradual da dose dos IBP. Alguns doentes, após tratamento com IBP durante 4 semanas, podem controlar sintomas ocasionais com antiácidos ou antagonistas dos recetores H2.
Na DRGE com esofagite, os IBP devem ser usados durante as primeiras 4-8 semanas numa dose mais alta que a de manutenção. Posteriormente, o seu uso crónico deve ser com uma dose de manutenção ou com a dose mais baixa que controle os sintomas.
Em sintomas dispépticos não provocados por DRGE, nos doentes com mais de 55 anos ou com sinais de alarme para cancro, estenose e ulceração grave, a endoscopia deve ser realizada de imediato antes de estabelecer um regime com IBP.
Em sintomas dispépticos não provocados por DRGE, nos doentes com 55 anos ou menos e sem sinais de alarme os IBP podem ser a primeira linha, mas pode-se, também, testar, tratar e erradicar a H. pylori (Hp) se a infeção estiver presente e considerar a execução de endoscopia. Na dispepsia funcional sem úlcera, os antagonistas dos recetores H2 são uma alternativa.
Para os sintomas dispépticos esporádicos, a toma em SOS de antiácidos e dos antagonistas dos recetores H2 é mais apropriada, porque estes fármacos são mais rápidos a atuar do que os IBP.
O critério que deve prevalecer na seleção de um IBP é o seu custo. Não existe evidência clínica de superioridade entre os IBP em doses equivalentes. O uso dos mais dispendiosos é uma exceção fundamentada solidamente no processo clínico.
As exceções à presente Norma são fundamentadas clinicamente, com registo no processo clínico.