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Norma nº 036/2011

Supressão Ácida: Utilização dos Inibidores da Bomba de Protões e das suas Alternativas Terapêuticas

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  1. As três principais causas de sintomas dispépticos em que se usam os fármacos de supressão ácida, são:

    1. doença de refluxo gastro-esofágico (DRGE);
    2. úlcera péptica;
    3. dispepsia funcional sem úlcera.
  2. Os Inibidores da Bomba de Protões (IBP) são usados como terapêutica crónica:

    1. na DRGE com esofagite;
    2. na DRGE sem esofagite mas com sintomas persistentes;
    3. no esófago de Barrett;
    4. na úlcera péptica com episódios recorrentes;
    5. na síndrome de Zollinger-Ellison.
  3. Para as restantes situações dispépticas, 4 a 8 semanas após a iniciação do IBP, deve ser feita uma avaliação do doente, com vista à possibilidade de redução gradual do uso de IBP até ao abandono.

  4. Na DRGE sem esofagite, os IBP devem ser usados como primeira linha. Se os doentes não apresentarem sintomas após 4 semanas, deve tentar-se uma redução gradual da dose dos IBP. Alguns doentes, após tratamento com IBP durante 4 semanas, podem controlar sintomas ocasionais com antiácidos ou antagonistas dos recetores H2.

  5. Na DRGE com esofagite, os IBP devem ser usados durante as primeiras 4-8 semanas numa dose mais alta que a de manutenção. Posteriormente, o seu uso crónico deve ser com uma dose de manutenção ou com a dose mais baixa que controle os sintomas.

  6. Em sintomas dispépticos não provocados por DRGE, nos doentes com mais de 55 anos ou com sinais de alarme para cancro, estenose e ulceração grave, a endoscopia deve ser realizada de imediato antes de estabelecer um regime com IBP.

  7. Em sintomas dispépticos não provocados por DRGE, nos doentes com 55 anos ou menos e sem sinais de alarme os IBP podem ser a primeira linha, mas pode-se, também, testar, tratar e erradicar a H. pylori (Hp) se a infeção estiver presente e considerar a execução de endoscopia. Na dispepsia funcional sem úlcera, os antagonistas dos recetores H2 são uma alternativa.

  8. Para os sintomas dispépticos esporádicos, a toma em SOS de antiácidos e dos antagonistas dos recetores H2 é mais apropriada, porque estes fármacos são mais rápidos a atuar do que os IBP.

  9. O critério que deve prevalecer na seleção de um IBP é o seu custo. Não existe evidência clínica de superioridade entre os IBP em doses equivalentes. O uso dos mais dispendiosos é uma exceção fundamentada solidamente no processo clínico.

  10. As exceções à presente Norma são fundamentadas clinicamente, com registo no processo clínico.

fluxograma da norma
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