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Norma nº 006/2012

Profilaxia da Endocardite Bacteriana na Idade Pediátrica

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  1. A profilaxia antibiótica é indicada nos seguintes procedimentos de elevado risco para EB:

    1. Procedimentos dentários que envolvam manipulação de tecido gengival ou região peri-apical dos dentes ou perfuração da mucosa oral (Nível de evidência C, grau de recomendação IIa);

    2. Procedimentos respiratórios que envolvam incisão ou biópsia da mucosa do trato respiratório (Nível de evidência C, grau de recomendação IIa).

    3. A administração de antibióticos é efetuada em dose única 30 a 60 minutos antes do procedimento, de acordo com a tabela 1, utilizando um antibiótico ativo contra Streptococci do grupo viridans (Nível de evidência C, grau de recomendação IIa).

  2. A profilaxia da EB só é recomendada nos procedimentos diagnósticos ou terapêuticos gastrintestinais (GI), genitourinários (GU) se existir infeção, devendo o regime terapêutico incluir antibiótico ativo contra enterococos (ampicilina, piperacilina-tazobactam, teicoplanina ou vancomicina), de acordo com a epidemiologia local (Nível de evidência C, grau de recomendação III).

  3. A profilaxia da EB só é recomendada nos procedimentos diagnósticos ou terapêuticos cutâneos se existir infeção, devendo o regime terapêutico incluir flucloxacilina ou clindamicina se houver alergia às penicilinas ou vancomicina ou teicoplanina no caso de suspeita de estafilococo resistente à meticilina (exemplo: infeção associada aos cuidados de saúde) (Nível de evidência C, grau de recomendação III).

  4. Os doentes com cardiopatia congénita (CC) ou adquirida têm indicação para:

    1. Cuidados gerais de profilaxia da Endocardite Bacteriana (EB) (Nível de evidência C, grau de recomendação I):
      1. Higiene oral cuidada e vigilância regular em consulta de Estomatologia/Medicina Dentária;
      2. Tratamento precoce das infeções bacterianas;
      3. Condições máximas de assepsia na realização de qualquer procedimento invasivo;
      4. Todos os procedimentos invasivos devem ser efetuados, sempre que possível, na ausência de infeção no local de intervenção.
    2. Profilaxia antibiótica da EB nos doentes de alto risco:
      1. Doentes com prótese valvular ou material protésico utilizado para reparação valvular (Nível de evidência C, grau de recomendação IIa);
      2. Doentes com EB prévia (Nível de evidência C, grau de recomendação IIa);
      3. Doentes com cardiopatia congénita:
        1. Cianótica não operada, operada com lesões residuais ou com shunts paliativos ou condutos (Nível de evidência C, grau de recomendação IIa);
        2. Corrigida com material protésico, colocado cirurgicamente ou por intervenção percutânea, durante os primeiros 6 meses após o procedimento (Nível de evidência C, grau de recomendação IIa);
        3. Corrigida, com lesões residuais adjacentes ao local do patch ou dispositivo protésico (Nível de evidência C, grau de recomendação IIa);
      4. Recetores de transplante cardíaco com doença cardíaca valvular (Nível de evidência C, grau de recomendação IIa).
  5. O algoritmo clínico/árvore de decisão referente à presente Norma encontra-se em Anexo.

  6. As exceções à presente Norma são fundamentadas clinicamente, com registo no processo clínico.

  7. A atual versão da presente Norma poderá ser atualizada de acordo com os comentários recebidos durante a discussão pública.

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